“Há coisas que não
sabemos, e elas pertencem ao Senhor, nosso Deus [...].”
Deuteronômio 29.29
De onde
saiu a esposa de Caim?
Por que
Deus quis fazer da Terra o único planeta habitável?
De onde
o vento vem e para onde ele vai?
Por que
tal fato tinha de ser assim? ...
Posso
continuar perguntando continuamente enquanto viver, e nunca terminarei de fazer
todas as perguntas possíveis. Porque perguntas não se esgotam. Respostas sim.
Por
isso, gosto de perguntar. Gosto de estudar. Gosto de investigar, conhecer,
descobrir. E não me canso de aprender. A cada novidade que me chega por
resposta, percebo que o universo se torna ainda mais amplo e questionável.
Descobri,
com o virar das páginas e o recomeço da vida a cada novo dia que perguntas abrem
novos caminhos e respostas encerram as portas. Que perguntas enriquecem, mas
respostas acomodam.
Nem
tudo é possível ser respondido. Mas sobre tudo é possível perguntar sem
ofender. Respostas demais empobrecem, mas perguntas instigam a pensar e a
superar limites.
Desde
ontem ando pensando sobre isso, quando um amigo e irmão e irmão em Cristo comentou que Jó era um homem de muitas perguntas...
Creio
que Deus sente-Se agradado com certos argumentos e questionamentos que elevamos
a Ele em oração sincera e submissa, motivada pelas razões corretas. Posições
assim costumam prevalecer diante do Senhor, pois a soberania de Deus nunca nos
privou da graça de perguntar sobre os eventos da vida, de querer compreender o
Senhor, de não nos conformar com este mundo.
Lembremos
de Gideão questionando a Deus: “Se o Senhor Deus está com o nosso povo, por que
está acontecendo tudo isso com a gente? Onde estão aquelas coisas maravilhosas
que os nossos antepassados nos contaram que o Senhor costumava fazer quando nos
trouxe do Egito?” (Juízes 6.13). Deus não lhe respondeu com palavras, mas
provou por grandes conquistas impossíveis de ser à lógica humana o quanto Ele
sempre esteve presente, mas também o quanto Ele está além das nossas previsões
(leia Juízes 6 a 8).
No
Salmo 88:10-12, Hemã, em meio a um terrível sofrimento, argumenta com Deus:
“Será que fazes milagres em favor dos mortos? Será que eles se levantam e Te
louvam? Será que no mundo dos mortos se fala do Teu amor? Será que naquele
lugar de destruição se fala da Tua fidelidade? Será que naquela escuridão são
vistos os Teus milagres? Será que na terra do esquecimento se pode ver a Tua
fidelidade?”. Em outras palavras: “O que o Senhor vai ganhar se eu morrer?
Na verdade, o Senhor perderá um adorador aqui na terra. Será um a menos para
evangelizar o mundo...”
Jó, de
tanto questionar ao Senhor, chegou a desafiá-Lo. “Então, o Senhor disse: Jó,
você desafiou a Mim, o Deus Todo-Poderoso. Vai desistir ou vai Me dar uma
resposta?” (Jó 40.1-2). E uma bateria de perguntas é disparada pelo Senhor em
direção àquele homem (Cap. 38 a 41) de forma a instigar Jó a pensar. Até que,
enfim, Jó conclui, com dois pensamentos dos mais elaborados e poderosos de toda
a Bíblia: “Eu reconheço que nada para Ti é impossível, e que nenhum dos Teus
planos pode ser impedido. [...] Antes, eu Te conhecia só por ouvir falar, mas
agora eu Te vejo com meus próprios olhos.” (Jó 42.2,5)
Perguntar
não somente faz pensar. Faz-nos enxergar melhor também. Por isso, creio mais na
força das perguntas do que das respostas. Por quê? – Sigo perguntando... –
Porque essas podem ser traiçoeiras, mas aquelas nos dão a oportunidade de
escolhermos expressar lealdade, sinceridade, bondade.
Sigo
satisfeita em não saber. Isso me motiva a buscar mais. É certo que nem tudo
terá uma resposta, mas perguntas me levarão a desbravar a imensidão dos mares
da nossa existência.
E se eu
precisar de respostas que não consigo encontrar?
Não
importa. (Essa pergunta faço questão de encerrar.)
O Deus
que sustenta a minha fé no que eu não vejo, tem todas as respostas que eu não
tenho. E isso basta para que eu prossiga crendo, sonhando, esperando...
Perguntando?
Me
aventurando...
E
vivendo.
Fonte: Daniela Gomes (Enviado por email)
mUITO LINDO!!!!!!!
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